16 Agosto

Pantorra - Actividades Ano 2006

Actividades Ano 2006

Passeio Micológico de Primavera
Em colaboração com a Associação para a Medicina, as Artes e as Ideias
7 a 8 de Abril, no Parque Natural do Douro Internacional. Mogadouro

Passeio Micológico organizado pelos sócios
1 e 2 de Junho, na Serra de São Mamede. Marvão

Participação no Seminário: AGRICULTURA SUSTENTÁVEL NO DESENVOLVIMENTO REGIONAL
22 de Setembro, Macedo de Cavaleiros

Participação nas II Jornadas Micológicas de Braga
20 a 22 de Outubro. Braga

VIII Encontro Micológico Transmontano
Tema : OS COGUMELOS E O SEU CULTIVO
27 a 29 de Outubro. Casa da Cultura, Mogadouro.

Pantorra - Actividades Ano 2006

Pantorra – Actividades Ano 2006

O cultivo dos cogumelos ou funguicultura é uma das áreas das Ciências Biológicas que mais investigação promove. Os fungos são seres vivos que, de um modo genérico, todos são importantes, todos têm uma função biológica a cumprir e por isso são fundamentais na natureza. São os grandes decompositores, ajudam na degradação e transformação dos restos vegetais e animais em produtos orgânicos com capacidade nutritiva e disponíveis para re-utilização por outros seres vivos.

Desde os Gregos que se sabe que os cogumelos se podem cultivar. No entanto, pela sua especificidade o conhecimento do ciclo biológico de certos fungos nem sempre é fácil. Só a partir de morosos processos de investigação laboratorial foi possível “domesticar” os micélios para o cultivo “artificial” dos cogumelos. No entanto, este processo nada tem de artificial, pois consiste apenas na criação e optimização das condições naturais em ambiente controlado, e o seu crescimento também só ocorre sobre matéria orgânica.
O objectivo final da funguiculura é produzir cogumelos comestíveis e/ou medicinais com interesse comercial. Pode ser atingido por dois processos distintos: um, natureza  através da introdução de plantas micorrizadas e/ou da inoculação dos solos com micélios desenvolvidos em laboratório, e o outro, através da criação, em isolamento de estufa ou câmaras apropriadas das condições naturais óptimas para o seu desenvolvimento. Enquanto que o primeiro processo tem alguma falibilidade porque na natureza nem sempre há as condições adequadas de matéria orgânica, de temperatura e humidade necessáriaas ao crescimento dos cogumelos, e isto explica o seu aparecimento sazonal, no segundo processo já existe mais segurança uma vez que se criam de forma controlada as condições necessárias ao seu desenvolvimento, nomea-damente no que se refere à preparação e esterilização do substrato orgânico a inocular e à criação e manutenção das condições de isolamento com temperatura e humidade certas.

O segredo da fungicultura está no trabalho laboratorial de retaguarda: o isolamento dos inóculos em ambiente estéril, para evitar a contaminação com outro fungos. A selecção dos produtos para o substrato, a sua prepara-    ção, esterilização e a inoculação com micélio em condições de assepsia completam o ciclo fundamental para a obtenção de um bom resultado nas estufas onde as restantes condições podem ser controladas electro-nicamente.

Até agora tem-se utilizado a palha como base do substrato, mas, no nosso país, pela florestação crescente cremos que se abrem prespectivas muito interessantes para o aproveitamento dos resíduos vegetais (biomassa) resultante da limpeza das matas, como base para diversificação dos substratos de cultivo de outras espécies saprofiticas. Sem esqucer que no final estes restos podem ser utilizados como adubo orgânico. É a “nongreen revoluion”, a revolução “não verde”, segundo do conceito de emissões nulas e produtividade total de Pauli (1996).

E se nos recordarmos que com a limpeza da floresta os cogumelos silvestres nascem melhor, com o aproveitamento dos restos vegetais estamos a contribuir para a redução do risco de incêndios, a conservação florestal e a melhorar o ambiente.

XIV Jornadas Micológicas da CEMM
5 a 10 de Novembro. Bragança

III Encontro Internacional da Micologia Atlántica
10 a 12 de Novembro. Bragança

III Reunión Ibérica sobre Fungos Ameaçados
11 a 12 de Novembro. Bragança
Estes tres eventos, reunidos no projecto Mycologia2006, reuniu em Bragança algo mais de 200 participantes procedentes de Portugal, Espanha, Inglaterra, França, Suiça, Italia, Slovénia e Noruega.

Reunión internacional á que asistiram mais de 200 participantes de Portugal, Espanha, França, Itália, Suiça, Eslovenia, Inglaterra e Noruega. Recoletaram e identificaram 445 espécies de fungos, em base a mais de 1000 exsiccata: Myxomycota, Ascomycota e Basidiomycota. E, na reunião de fungos ameazados elaborou-se o anteprojecto da primeira Lista Vermelha da Península Ibérica.

 

 

 

XIV Curso de Micoloxía da Escola Politécnica Superior de Lugo
1 de Dezembro. Lugo (Galiza, Espanha)

Publicação dos Anais da Associação Micológica “A PANTORRA” volume 6
•    Prólogo
•    Natalina de Azevedo: A sua relação micológica com a Galiza. A. Justo, M.L. Castro, P. Lorenzo, X. Bellón e A. Dasairas
•    Os cogumelos silvestres no Douro-Duero. A. Cristóvão e A. Baptista
•    Criação de áreas de produção de trufas, terfezias e cogumelos comestíveis nas regiões interiores do país. Projecto AGRO449 – H. Machado e M. Ferreira
•    Conservación da Biodiversidade Fúnxica. M.L.Castro, J.Rodríguez-Vázquez, A.Soliño, A. Justo, P.Lorenzo, X..Bellón e A.Dasairas
•    Caracterização da Biodiversidade Fúngica pela análise da variabilidade genética da região ITS do DNA ribossómico. G.Marques e A. Nazaré-Pereira
•    Gasteromicetos do nordeste transmontano (Portugal): Novas aportancións. A.Dasairas e M.L.Castro
•    Micorrização in vitro de geminantes de Pinus pinaster: estudos histológicos e de crescimento. A.Costa, P.Baptista e A.Martins
•    Estudo de intoxicações causadas por ingestão de macrofungos na região do Alto Alentejo. L.Morgado, L.Martins, H.Gonçalves e P.Oliveira
•    Diversidade de macrofungos na comparação entre tipos de exploração florestal. L.Morgado, L.Martins, H.Gonçalves e P.Oliveira
•    Interacção in vitro entre macrofungos micorrízicos de Castanea sativa e o patógeno Phytophtora cinnamomi. P.C.Rodrigues e A.Martins
•    Avaliação da composição macromicológica da paisagem protegida do Corno do Bico. P.Capela e E.Costa
•    Micobiota do Parque Natura “Fragas o Eume” (A Coruña): Mycena sensu lato. X.Bellón e M.L.Castro
•    Efeito da água ruça no crescimento e actividade lenhinolítica de isolados provenientes de carpóforos silvestres. A.J.F.S. Matos, A.A. Dias, I.Fraga e R.M.F. Bezerra
•    Produção de cogumelos sapróbios comestíveis à escala piloto (PROJECTO AGRO 449). A.C. Ramos, M.M. Sapata; M.Candelas; L.Andrada e A.Ferreira
•    Conservação de cogumelos frescos do género Pleurotus en atmóssfera modificada. M.M.Sapata; A.C.Ramos; A. Ferreira; L.Andrada e M.Candelas
•    Las setas, un recurso del monte gallego. A.Rigueiro; R.Romero e J.J.Villarino
•    Contribuição pra a caracteização da recolha comercial de macrofungos comestíveis no distrito de Bragança, Portugal. M.M.Garcia; M.Carvalheira e J.C.Azevedo
•    Micorrização em viveiro de plantas e germinantes de castanheiro (Castanea sativa Mill.): resultados preliminares. A.Sousa; M.Carvalheira e A.Martins
•    Os cogumelos como pretexto para o desenvolvimento de projectos pedagógicos geradores de interdisciplinaridade. Maria do Céu Sousa
•    Testemunhos, mitos elendas e algumas receitas- recolha no planalto mirandés. Maria Elisabete A. Barrosa
•    O conhecimento de cogumelos na área do Parque Natural do Douro Internacional – inquérito à população. Alunos 10ºC Escola Secundária de Miranda do Douro, Professora Maria do Céu Sousa

 

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Com sede em Macedo do Peso (freguesia de São Martinho do Peso, concelho de Mogadouro), tem por objecto a promoção do conhecimento científico, técnico e gastronómico dos cogumelos, bem como os aspectos ecológicos, culturais e sociais relativos aos mesmos, sem fim lucrativos.